Vendedora negra será indenizada após ter cabelo criticado por chefe em Florianópolis

O Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região, em Florianópolis, condenou uma empresa de cosméticos a pagar R$ 10 mil de indenização a uma vendedora negra por comentários depreciativos sobre seu cabelo feitos por sua chefe.

A gerente sugeriu repetidamente que a funcionária alisasse o cabelo, chamando-o de “estranho” e criticando sua aparência diante de colegas. A juíza Zelaide de Sousa Philippi, inicialmente, concedeu uma indenização de R$ 5 mil por danos morais.

Após recursos de ambas as partes, o desembargador Narbal Antônio de Mendonça Fileti dobrou o valor para R$ 10 mil, reconhecendo a discriminação racial e enfatizando a importância do respeito à identidade e individualidade no local de trabalho. A decisão ainda está sujeita a recurso.

Principais pontos:

  1. Condenação por Discriminação: Uma empresa de cosméticos foi condenada a pagar R$ 10 mil de indenização por comentários discriminatórios de uma gerente sobre o cabelo de uma funcionária negra.
  2. Comentários Repetidos: A gerente criticou repetidamente o cabelo da funcionária, sugerindo que ela o alisasse e desdenhando de sua aparência.
  3. Decisão Inicial: A juíza Zelaide de Sousa Philippi inicialmente concedeu R$ 5 mil de indenização por danos morais.
  4. Aumento da Indenização: Após recursos, o desembargador Narbal Antônio de Mendonça Fileti dobrou a indenização para R$ 10 mil, reconhecendo a discriminação racial.
  5. Importância do Respeito à Identidade: A decisão enfatizou a importância do respeito à identidade e individualidade dos funcionários no local de trabalho.
  6. Instruções sobre Aparência: O desembargador destacou que instruções para alterar características naturais, como alisar o cabelo, são inaceitáveis.
  7. Repúdio a Discriminação: A necessidade de respostas firmes e efetivas contra atos discriminatórios no ambiente de trabalho foi enfatizada.
  8. Processo em Aberto: A decisão ainda está em prazo para recurso.

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